CONVERSAS PSICANALÍTICAS COM O DR. EDUARDO BAUNILHA
Amor - o antídoto da vida
Nossa sociedade é inclinada de maneira extrema por consumir a cultura da morte. Para confirmar nossa fala, basta apenas observar nos stremmings, quantos filmes e séries com esta temática são produzidos anualmente.
Vídeos sobre agressões, acidentes naturais, mortes no trânsito, assassinatos são produzidos e compartilhados a todo instante, nos indicando que a cultura moderna se dedica mais a morte que ao amor, que é o antídoto da vida, como relata Júlia Baunilha.
Se render a sensação que a violência traz é criar conceitos de que o outro é sempre uma ameaça. Sendo assim, aquele que eu deveria amar, se torna alguém que eu prefiro evitar, rejeitar, abandonar, por qualquer simples ato que possa cometer a mim que indica que eu não recebi o que merecia.
Em contrapartida é difícil entender que temos muito medo da morte, apesar de desejar assisti-la, senti-la de alguma forma, de compartilha-la e, muitas vezes, de rir dela.
Bell Hooks (2021) deixou escrito que temos um medo coletivo da morte. Que esta se tornou uma doença para nosso coração e que somente o amor é a cura.
Com o dito de Hooks entendemos que o amor deve ser praticado todos os dias. É esta prática que nos dá a capacidade de enfrentar as perdas com mais leveza, com a consciência de que a morte é uma condição humana e que, apesar de estar sempre conosco, conseguiremos prosseguir e, mais que isso, permitiremos ser verdadeiros conosco mesmo.
O amor energiza, nos faz ver a vida sob o prisma da paz, da calmaria, da esperança mesmo em meio às tempestades.
Se nosso inconsciente coletivo estivesse sido preparado para cultivar, visionar, contemplar e viver o amor, não teríamos o terror da morte em nenhuma circunstâncias, nem no dia a dia, muito menos em momentos finais da existência, pois estaríamos cobertos pelo manto da dignidade, da consideração, do altruísmo, da empatia e da solidariedade.
Que tal hoje viver uma experiência de amor? Se possível relate para a gente nos comentários. O amor precisa ser vivido, sentido, comentado e compartilhado.
Um fortíssimo abraço para você!
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