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O painel de monitoramento dos casos de Covid-19 da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais vem mostrando que os meses iniciais de 2023 ainda exigem atenção dos mineiros em relação à doença. Somente no mês de janeiro, foram mais de 70 mil casos confirmados, enquanto no mês de fevereiro os números superaram os 40.700 casos. Até meados de março, já eram mais de 111 mil casos registrados. Mas este não é um problema exclusivo de Minas. A situação se repete em outros estados. Por isso, foram intensificadas as campanhas de vacinação contra o coronavírus em todo o país.
Para Dr. Celso di Lascio, médico da You Saúde, operadora de planos de saúde, este é um momento que exige cautela por parte da população. “As filas quase quilométricas para tomar a vacina nos anos anteriores não existem mais, o que não significa que a doença tenha sido varrida do país. Falta na verdade é conscientização, já que há uma dose excessiva de otimismo e uma crença preocupante em fake news que condenam as vacinas”, alerta.
De fato, o número de casos não é mais o mesmo observado no pico da doença, entre 2020 e 2021. Entretanto, explica Dr. Celso, a presença da Covid-19 ainda não chegou a um nível no Estado que dispense a preocupação da sociedade. “São muitos casos registrados, e arrisco dizer que este número é ainda maior. É certo que há muitos casos em que o indivíduo associa os sintomas a uma gripe, um resfriado ou a uma virose, e não se submete ao exame para identificar a doença. Este é um cenário que traz preocupação para toda a comunidade sanitária”, afirma.
A contraofensiva vem em forma de campanha. Os postos de saúde já deram à aplicação de uma vacina bivalente da Pfizer, que age não apenas contra a cepa original do coronavírus como também contra outras variantes, inclusive a ômicron. “O ideal seria que as pessoas estejam com todas as vacinas em dia. Mas sabemos que esse cenário é utópico. Ao menos duas doses da vacina significaria, em tese, o mínimo de proteção necessária para combater a Covid-19”, pontua o médico.
Ele lembra ainda que os dados de 2022 reforçam o alerta para a vacinação agora. No ano passado foram registrados mais de 1,8 milhão de novos casos em Minas Gerais, onde também ocorreram mais de 7.800 mortes. “Este problema ainda não está superado, e a população precisa se conscientizar disso. Temos tudo para evitar passar pelo pesadelo dos dois primeiros anos de pandemia, mas isso dependerá mais da vontade popular do que de ações políticas. A parte governamental está sendo feita, porque as vacinas estão disponíveis nos postos de saúde”, sustenta.
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