sábado, 27 de agosto de 2022

Autoestima

            



SAÚDE TOTAL

CONVERSAS PSICANALÍTICAS COM O DR. EDUARDO BAUNILHA

Autoestima

Gostaria de te provocar neste instante: olhe-se no espelho e diga que a pessoa que está aparecendo ali é a mais linda e a mais importante do mundo para você. E aí, qual foi o resultado? Se você não sentiu apreço pela pessoa que estava refletida ali, certamente está com baixa autoestima.

Estou fazendo uma pesquisa com uma pergunta simples para fazer um levantamento do nível de autoestima que as pessoas têm. Os primeiros entrevistados estão sendo meus alunos. Pergunto a eles: você gosta de você? Até o momento, porque a pesquisa continuará por um bom tempo, 90% dos adolescentes entrevistados disseram que não gostam de si mesmos.

Para mim está sendo preocupante o número de adolescentes, e porque não, de pessoas insatisfeitas consigo mesmas, pois explica, de certa forma, o alto índice de depressão nesta fase da vida e em todas as outras.

E por que não nos amamos como deveríamos?

Se pensarmos na educação que recebemos ela com certeza entrará na lista. Parece que dizer que somos capazes, bonitos, inteligentes é algo negativo, por isso temos tanto receio de dizer. Quando alguém nos elogia ficamos corados de vergonha, ao invés de sentirmos felizes.

Infelizmente somos levados a pensar que fazer o bem para o outro nos trará muitos dividendos. Então quando isso não acontece ficamos frustrados e cheios de culpa, acreditando que merecemos o mal ou a rejeição que ora recebemos. Tal pensar também afeta nossa autoestima.

Outro fato curioso é que acreditar que temos competência e sermos preocupados com nosso próprio bem-estar é ser egoísta. E isso não tem nada a ver, pois é um bom caminho a ser seguido.

Todavia se você não tem uma autoestima significativa a boa notícia é que ela pode ser aprendida. E o primeiro passo são os questionamentos: Quem sou eu de fato? O que desejo para minha vida? Quais são as minhas potencialidades?

Na verdade, é olhar para dentro de si e se encontrar, se conhecer e, a partir deste conhecimento, se considerar, se amar. E eu só aprendo a me amar quando percebo que tenho mais valor do que o que penso que tenho e, muitas vezes, do que as pessoas falam que tenho.

Um fortíssimo abraço para você. Até a próxima!

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