quarta-feira, 25 de maio de 2022
Trabalho híbrido faz redobrar segurança cibernética das empresas
Poder cumprir pelo menos parte do horário de trabalho em casa, através do computador, tornou-se um privilégio para muitos colaboradores. Um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), utilizando dados de outro levantamento, feito pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), mostra que em 2020 eram mais de 8 milhões de trabalhadores brasileiros em regime de home office – cerca de 11% dos ocupados no país.
Acredita-se que este índice tenha crescido em 2021 e esteja em plena progressão em 2022, tornando ainda mais claro que o uso da internet com fins laborais aumentou significativamente no Brasil desde o início da pandemia. Por isso, Cristina Diez, diretora comercial da Most Specialist Technologies, empresa com forte atuação em sistemas de segurança digital, orienta a tomar algumas precauções para evitar a perda de dados, o que geraria prejuízos incalculáveis.
“Tanto os trabalhadores como as próprias empresas estão com a segurança cibernética em maior risco a partir do atendimento remoto, e portanto, devem redobrar as atenções quanto às ferramentas utilizadas. A recomendação número 1 é reforçar a segurança dos equipamentos utilizados, recorrendo a antivírus e antimalwares corporativos, que são apropriados para esse tipo de uso, sob orientação da empresa”, pontua a diretora.
Outra medida importante é criar uma organização sobre o armazenamento dos dados em nuvens, controlando o acesso de cada colaborador aos arquivos certos, restringindo aqueles que são vitais para a corporação a uma quantidade mínima de pessoas. “Antes de fazer esse procedimento, porém, é muito importante que esses dados sejam criptografados e protegidos em mais de um repositório, a fim de se proteger de eventuais falhas no sistema da nuvem, ainda que tenha alto grau de confiabilidade”, ressalta a executiva da Most.
“Vale salientar ainda que a web concentra uma quantidade imensurável de perigos para a gestão de dados, e isso exige que a comunicação remota seja intensificada para que a navegação seja absolutamente segura e monitorada durante a jornada de trabalho. Ademais, é pertinente também adotar o modelo de segurança baseado no chamado Zero Trust – ou confiança zero – que limita com rigor o acesso de qualquer usuário ao sistema de TI utilizado pela empresa”, orienta Cristina Diez. “O objetivo é proteger o máximo possível o coração do banco de dados empresariais.”
Maria Cristina observa ainda que é fundamental utilizar recursos como as VPNs – redes digitais privadas –, mais de uma credencial de acesso e capacitar os colaboradores para que dominem e saibam driblar os perigos da rede. “A segurança da empresa deve sempre falar mais alto, e ela precisa se sobrepor a qualquer distância. O trabalho remoto de modo algum pode ampliar o risco de exposição dos dados”, conclui.
Jornalista, blogueiro, editor-chefe do O Contorno de BH, colaborador da Revista Exclusive, autor do canal Um Mineiro no mundo e otimista.
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