CONVERSAS PSICANALÍTICAS COM O DR. EDUARDO BAUNILHA
Como nosso cérebro toma decisões
Qual é a fórmula para a concatenação dos hábitos?
DOPAMINA + RECOMPENSA = HÁBITO.
É interessante pensarmos que nem toda ação se torna um hábito, porque o cérebro toma como hábito a atitude que ele acredita ser mais compensadora. Quando mais compensador, mais forte se torna o hábito.
Pensando neurologicamente, a formação do hábito tem muito a ver com o nível de dopamina disparado no centro de recompensa do cérebro quando aprendemos um comportamento.
Então se tenho que estudar para uma prova e for convidado(a) a ir para um jogo de futebol ou para uma conversa com amigas, qual das escolhas me trará mais felicidade? Acredito que todos nós sabemos a resposta. Logicamente que esta escolha mais compensadora é que será considerada pelo cérebro e, consequentemente transformada em um hábito. Por isso, escolhemos açaí ao invés de couve-flor.
Mas então você me pergunta: como romper com maus hábitos mesmo que eles sejam muito desejados para o nosso cérebro? Tão desejados que se tornaram comuns e automáticos? A resposta não é tão difícil: por meio da consciência.
Observar o que está fazendo e ter a consciência do resultado que este hábito te trará, pode ajudar você a sair do modo automático. Por exemplo: se você bebe, preste atenção enquanto bebe e procure fazer as seguintes perguntas: Quais os benefícios que este ato me traz? E os malefícios? Se pesarmos na balança, o que me trará mais recompensa? O que perdeu com este vício? O que ganhou? Como pode ser sua vida no futuro se continuar com este vício?
Essas perguntas podem te elevar a um pensar que fará você repensar no seu hábito, seja ele qual for. Mas acredito que a grande pergunta seja: o que aconteceu para que eu começasse a agir sendo dominado por este hábito que não é muito bom? Fazer uma viagem no tempo para encontrar esta resposta também ajuda muito a entender que não precisamos ficar presos em situações que não devem me definir.
Um fortíssimo abraço para você!
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