sexta-feira, 24 de junho de 2022

Primeiro passo para combater refluxo é melhorar alimentação, explica médico do Felício Rocho

Freepik


Para quem sofre de refluxo gástrico, alguns alimentos representam uma verdadeira dor de cabeça, ou melhor, de estômago. Refrigerantes, café, bebidas alcoólicas, chocolates e comidas gordurosas são capazes de provocar falhas incômodas no esfíncter esofágico. É o que explica o médico gastroenterologista e hepatologista do Hospital Felício Rocho Antônio Márcio.

O esfíncter esofágico, segundo ele, é um músculo localizado na parte inferior do esôfago, e que funciona como uma porta que controla a abertura e o fechamento do órgão. “Ao ingerir um alimento, o esfíncter se abre para o alimento descer até o estômago, e logo em seguida se fecha para evitar que o suco gástrico suba de volta”, explica. “Quem sofre de refluxo enfrenta um problema nessa válvula, o ácido do estômago acaba atingindo a parede do esôfago”, completa.

Segundo o gastroenterologista, a parede interna do esôfago não suporta a acidez do suco gástrico, e isso acaba provocando a destruição da mucosa do local e, em seguida, uma lesão no tecido. “Essa lesão é o que chamamos de esofagite, que é responsável por provocar queimação e azia no paciente. Os sintomas da doença são, geralmente, arrotos, indigestão, tosse seca, laringite e até crises de asma e problemas respiratórios”, esclarece.

O perfil das pessoas que sofrem com o problema também é notório. Compõem o grupo de maior risco aquelas que possuem maus hábitos alimentares, especialmente as que consomem comidas gordurosas e que fazem ingestão de alimentos mais pesados no período da noite. Além disso, os obesos e os consumidores de álcool e fumo também estão sujeitos a sofrer com o refluxo.

Por isso, a mudança de hábito é o primeiro passo para combater o problema. “O controle do refluxo passa, primeiramente, pela consciência do próprio paciente. É importante rever a alimentação e consumir produtos mais leves. Já o procedimento medicamentoso consiste em usar fármacos que diminuem rapidamente o pH do suco gástrico, ao mesmo tempo em que reduz sua quantidade no estômago”, orienta Antônio Márcio.

Diagnóstico
Ainda que o diagnóstico seja facilmente identificado pelo paciente, é importante realizar a endoscopia e a pHmetria para observar o nível de acidez do estômago e a deficiência do esfíncter. A partir daí, afirma o médico do Hospital Felício Rocho, é que será possível ter um resultado preciso e um encaminhamento mais pontual em relação ao tratamento. “Tomar as orientações de um profissional da área é essencial para que se busque uma solução determinante para o refluxo”, conclui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário